Após um término de relacionamento, um ex parceiro ou parceira pode canalizar a raiva comendo sorvete, chorando bastante ou escolhendo expor você à humilhação pública. Em nossos tempos altamente tecnológicos, um dos métodos mais recentes para aqueles que desejam “se vingar” é conhecido como “pornografia de vingança”
Este termo abrangente se refere a conteúdo explícito (geralmente uma imagem ou vídeo) de um ex parceiro ou parceira que vem a ser compartilhado em redes sociais ou outros canais da internet. Felizmente, essa conduta já é punida criminalmente no Brasil.
O fenômeno cresceu em conexão a nosso uso de dispositivos móveis. Embora os dispositivos facilitem a troca de imagens e vídeos de paquera entre casais por meio da internet, a prática pode sair pela culatra quando o amor acaba.
Na verdade, uma pesquisa de 2017 revelou que 1 a cada 8 usuários da redes sociais foram alvo da chamada “pornografia não consensual”, sendo as mulheres e os jovens os grupos mais afetados.
O que não é surpreendente, considerando que cerca de um quarto dos adolescentes e um terço do jovens adultos envolvem se em trocas de mensagens que envolvem nudez.
As imagens e os vídeos costumam ser compartilhados por meio de dispositivos móveis sem considerar o que pode acontecer caso outra pessoa, que não o destinatário original, tenha acesso a eles. Por exemplo, imagens ou vídeos enviados por mensagem de texto ou compartilhados via aplicativos de redes sociais podem ser excluídos por quem os enviou, mas não desaparecem por completo caso o destinatário faça o download para o próprio dispositivo. Basta uma simples captura de tela para tornar uma imagem mais permanente do que o inicialmente imaginado, especialmente quando o amor acaba.
Um dos estudos iniciais da McAfee revelou que 1 em 10 pessoas foram ameaçadas por um ex afirmando que postaria imagens íntimas na internet. Cerca de 60% das ameaças foram levadas a cabo.
Ademais, existem sites cujo objetivo específico é ajudar a expor imagens e vídeos de ex parceiros ou parceiras. Alguns desses sites chegam até a cobrar das vítimas para que as imagens (postadas sem consentimento) sejam removidas.
Felizmente, esta crise alarmante chamou a atenção do poder público e das pessoas em geral. Vários estados nos EUA e recentemente também o Brasil criminalizaram a pornografia de vingança. Nos EUA, uma lei foi proposta no Congresso imputando até 5 anos de reclusão. No Brasil, foi prevista no artigo 218-C do Código Penal reclusão de 1 a 5 anos com aumento de 1/3 a 2/3 da pena no caso da pornografia de vingança.
Embora haja progressos, sempre tenha o maior cuidado possível ao compartilhar imagens e vídeos em dispositivos móveis – sejam íntimos ou não. Nunca se sabe como uma imagem pode afetar seu trabalho, família ou reputação.
A fim de garantir a proteção de suas informações mais privadas, existem alguns passos para proteger sua reputação contra o risco da pornografia de vingança tanto on quanto off-line:
- Pare eavalie a situação antes de compartilhar.Pare e considere as consequências de compartilhar algo no meio digital. Mesmo depois de excluídas, as informações compartilhadas on-line entre dois dispositivos nunca somem por completo. Pergunte a si mesmo: você se sentiria confortável em ver essas informações expostas a público, a seu empregador ou a seus avós? Caso a resposta seja negativa, não compartilhe.
- Mantenhacomo privadas suas contas de dispositivos móveis e em redes sociais.Gerencie suas imagens compartilhas selecionando com cuidado quem pode visualizá-las. Sites de redes sociais como Instagram e Facebook contam com configurações de privacidade que permitem selecionar quem pode ver seu conteúdo. Outras plataformas, como o SnapChat, permitem compartilhar conteúdo apenas com pessoas que você selecionar.
- Não faça postagens em estado de embriaguez.A capacidade de fazer decisões pode desaparecer quando você está sob o efeito do álcool. Você não gostaria que seu conteúdo acabasse virando um meme no Instagram ou que fosse compartilhado on SnapChat no dia seguinte. Seja consciente de seus hábitos em dispositivos móveis.
- Use as funções básicas de segurança de seu dispositivo.Ainda há vários usuários não bloqueiam seus celulares ou tablets com códigos PIN ou senhas. Essas funcionalidades são especialmente úteis para proteger sua privacidade em caso de perda de seu dispositivo.
- Façapesquisas sobre os aplicativos que você escolheu usar.Um dos maiores problemas de aplicativos móveis como o SnapChat é que os usuários não compreendem totalmente as limitações à sua privacidade decorrentes do uso. Faça pesquisas sobre os aplicativos antes de fazer o download e não se esqueça de ler os termos de privacidade.Lembre-se: até mesmo imagens temporárias podem se tornar permanentes caso o destinatário faça uma captura de tela.
- Limite o localonde você armazena senhas.Permitir que aplicativos registrem sua senha para facilitar o uso posterior pode levar ao acesso por outra pessoa. Com o McAfee® Mobile Security, é possível proteger com senha aplicativos de redes sociais. Assim, mesmo que alguém consiga acessar seu dispositivo móvel, ainda assim não conseguirão usá-lo para postar imagens indesejáveis on-line. Também permite localizar, bloquear e limpar remotamente seu dispositivo móvel em caso de perda ou roubo.
- Evite conectar-se a Wi-Fi públicos e gratuitos.Conexões públicas à internet, embora sejam práticas, podem expôr você a cibercriminosos capazes de usar essas conexões não seguras para obter acesso a seus dados pessoais.
Mesmo que seus comportamentos com dispositivos móveis não pareçam muito arriscados, você pode estar mais vulnerável do que imagina.
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